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A ERGONCARE é uma empresa especializada em ergonomia e consultoria em saúde do trabalho.

A equipe é formada por profissionais qualificados em prestação de serviços em saúde do trabalho. Através da multidisciplinaridade, solucionamos os problemas ergonômicos para atinjir um alto nível de desempenho do trabalhador, com segurança e saúde, cumprindo a legislação vigente e assegurando o crescimento sadio das organizações.

Baseado neste conceito a ERGONCARE atua, não apenas como assessoria aos seus clientes, mas como parceira no desenvolvimento contínuo de melhorias empresariais em postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas.



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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Em audiência no MTE, Itaú e Santander se negam a negociar emprego e rotatividade



Com recusa dos bancos, Contraf-CUT aponta mobilização. Greve nacional não está descartada


Terminou frustrada a audiência de mediação ocorrida nesta quarta-feira (16) no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú e o Santander. Os dois bancos privados se negaram a negociar emprego, apesar de milhares de demissões imotivadas e da prática de rotatividade nos últimos anos.
O secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias, frisou a preocupação do ministro com o mercado de trabalho, destacando que o país atravessa um longo ciclo de crescimento com geração de empregos. Ele propôs a formação de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia, mas os bancos não aceitaram. Eles também se recusaram a garantir acesso das informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) aos bancários.

"Mais uma vez, o Itaú e o Santander se negaram a negociar emprego, o que mostra que pretendem continuar dispensando funcionários em 2013, como admitiu um dos diretores do Itaú em declarações à imprensa. Essas demissões são injustificadas e, por isso, não aceitamos pagar a conta da pequena redução dos juros e da chamada melhoria da eficiência dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Além de representantes do Itaú e Santander, participou da audiência o negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, que na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 disse que o tema emprego devia ser discutido banco e banco. "Além de não negociar, eles usam a Fenaban para tentar esconder o descaso com o emprego dos trabalhadores", critica.
Conforme dados dos balanços, o Itaú cortou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2012, o banco reduziu 2.090 postos de trabalho. Desde abril de 2011, houve o fechamento de 13.595 vagas, segundo análise do Dieese.
Já o Santander cortou 955 empregos só em dezembro, conforme dados fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Os representantes dos bancos ainda ironizaram, dizendo que o fechamento de quase mil postos de trabalho antes do Natal é muito pouco frente aos 51 mil empregados do Santander.
"Na Espanha, em crise financeira, o Santander acaba de assinar ontem um acordo com os sindicatos sobre o processo de fusão do Banesto, garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas", salienta Cordeiro. "No entanto, o banco rechaçou firmar acordo semelhante, alegando que 'no Brasil as coisas são diferentes'".
"Os trabalhadores brasileiros não são de segunda categoria, contribuem com 26% do lucro mundial do banco e merecem o mesmo respeito dos trabalhadores espanhóis", aponta.
A Contraf-CUT cobrou ainda informações sobre os dados de emprego e o índice de rotatividade, mas eles nada informaram. "Os bancos agem com falta de transparência ao negar o direito à informação aos bancários", protesta Cordeiro.
"Diante da recusa ao diálogo do Itaú e do Santander sobre emprego, vamos chamar os sindicatos e as federações de todo país para discutir um processo de mobilização, onde não está descartada uma greve nacional para forçar os bancos a negociar compromissos de emprego, fim da rotatividade, mais contratações reversão das terceirizações e melhores condições de trabalho", aponta o dirigente sindical.
 
Pela Contraf-CUT, também estiveram presentes os secretários de organização do ramo financeiro, Miguel Pereira, e de imprensa, Ademir Wiederkehr. Também participaram os diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby e Washington Henrique da Silva.

Fonte: Contraf- CUT

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Software da Fundacentro recebe patente

Software da Fundacentro recebe patente
Programa de sobrecarga térmica monitora a exposição ao calor de trabalhadores que atuam a céu aberto

            A Fundacentro iniciou o ano de 2013 com mais uma patente. O software de sobrecarga térmica obteve registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) como programa de computador em 10 de janeiro.  
A iniciativa busca instituir cada vez mais a cultura de patente na instituição e marca o início das atividades do NIT – Núcleo de Inovação Tecnológica. Esse órgão está previsto no Novo Estatuto da Fundacentro, conforme a lei 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que “dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica”.
            O software de sobrecarga térmica monitora a exposição ao calor dos trabalhadores rurais, utilizando dados provenientes das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet. Ele estima o Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo - Ibutg, referência internacional utilizada para medir a exposição ao calor excessivo. Também exibe as medidas de prevenção e controle necessárias para cada caso apresentado.
                Já é possível acessar o software através do portal da Fundacentro. Basta clicar no link Sobrecarga Térmica ou ir direto para a página: http://www.fundacentro.gov.br/conteudo.asp?D=CTN&C=2115 Para fazer o cálculo, deve-se digitar o nome da cidade do local de interesse e procurá-lo no mapa. Depois, seleciona-se o tipo de atividade realizada e tipo de cobertura do solo.
Esse trabalho foi desenvolvido pela unidade da Fundacentro em Campinas, com os pesquisadores Paulo Maia e Álvaro Ruas. O objetivo dessa ação é contribuir para o trabalho seguro e saudável no campo e em áreas urbanas abertas, fornecendo uma ferramenta gratuita de gestão para monitoramento das condições térmicas dos trabalhadores que atuam a céu aberto. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: sobrecargatermica@fundacentro.gov.br

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

CRIAÇÕES EVITAM MALES DO TRABALHO SENTADO


Cientistas determinaram que, depois de uma pessoa passar uma hora nessa posição, a produção das enzimas que queimam gordura no corpo se reduz em até 90%.

Sempre me pareceu que os estudos de saúde que concluem que as pessoas deveriam passar menos tempo sentadas anunciavam o óbvio. Mas um olhar mais atento para as pesquisas revela algo perturbador: mesmo para pessoas ativas, há perigos quando se passa muitas horas sentado.

Cientistas determinaram que, depois de uma pessoa passar uma hora nessa posição, a produção das enzimas que queimam gordura no corpo se reduz em até 90%. Passar muitas horas sentado desacelera a metabolização da glicose e reduz os nível de colesterol bom. São fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

A boa notícia é que, quando o capitalismo criativo funciona como deveria, problemas abrem a porta para oportunidades.

A Steelcase, fabricante de móveis para escritórios, lançou seus primeiros modelos de escrivaninhas de altura ajustável em 2004. Nos últimos cinco anos, as vendas de suas linhas de mesas ajustáveis e de uma mesa que é uma esteira ergométrica se multiplicaram por cinco. Seus modelos para trabalhar em pé variam entre US$ 1.600 e mais de US$ 4.000 para uma mesa que inclui uma esteira. Seus clientes corporativos incluem a Apple e o Google.

"Começamos com uma linha muito pequena, mas agora esse não é mais um mercado de nicho", diz Allan Smith, vice-presidente de marketing na Steelcase.

Em 2009, Daniel Sharkey foi demitido de uma fábrica de máquinas. Como hobby, ele tinha criado sua própria mesa ajustável para trabalhar em pé.

Hoje sua empresa, a Ergo Desktop, de Celina, em Ohio, emprega 16 pessoas. As vendas de seus vários modelos, com preços que vão de US$ 260 a US$ 600, quadruplicaram no último ano.

Steve Bordley, de Scottsdale, no Arizona, também criou uma solução para si mesmo que acabou virando um negócio. Depois de uma lesão na perna o impedir de correr, ele ganhou peso. Então, criou uma mesa de trabalho que podia ser encaixada sobre uma esteira ergométrica. Ele passou a andar na esteira enquanto trabalhava no computador. Bordley diz que perdeu 11 quilos em seis semanas.

Ele deixou de trabalhar como corretor de imóveis comerciais e, em 2007, fundou a TrekDesk. Desde 2008, suas vendas se multiplicaram por dez. Hoje a empresa vende vários milhares de unidades da mesa, que custa US$ 479, por ano.

A revista "Wired" elogiou recentemente as estações de trabalho em pé. Em sua edição de outubro, escolheu "compre uma mesa para trabalhar em pé" como uma de suas "Dezoito maneiras movidas por informação para ser mais feliz, mais saudável e até um pouco mais inteligente".

Nos últimos meses, vários profissionais da revista aderiram às mesas para trabalho em pé. "Estamos universalmente satisfeitos com isso", Thomas Goetz, o editor executivo da "Wired", escreveu em um e-mail -enviado de sua nova mesa onde ele trabalha em pé.
Fonte: The New York Times



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ergonomia: Histórico

A Ergonomia desenvolveu-se durante a II Guerra Mundial (1939-45). Pela primeira vez, houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia, ciências humanas e biológicas para rosolver problemas de projeto. Médicos, psicólogos, antropólogos e engenheiros para resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares complexos. Os resutados desse esforço interdisciplinar foram muito gratificantes, a ponto de serem aproveitados pela indústria, no pós-guerra.

O interesse nesse novo ramo de conhecimentos cresceu rapidamente, em especial na Europa e nos Estados Unidos. Na Inglaterra, cunhou-se o termo Ergonomia e fundou-se, em 1949, a primeira Sociedade de Pesquisa em Ergonomia. Em 1961 foi criada a Associação Intercional de Ergonomia (IEA). Atualmente, ela representa as associações de ergonomia de 40 países, com um total de 19 mil sócios. (N. T.: No Brasil, a Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO - www.abergo.org.br foi fundada em 1983 e também é filiada à IEA).
ERGONOMIA - ESBOÇO HISTÓRICO

1774 A máquina de fiar, o tear mecânico e a máquina de vapor de James Watt.
 
Século XVIII Revolução Industrial (Inglaterra). Demais países da Europa.
 
1848 Homens trabalhavam 18 horas e Mulheres e crianças 14 horas/dia.
 
1900 Frederick Winslow Taylor Taylorismo”. Cronoanálise, eliminação de tempos e movimentos desnecessários, especializar as pessoas nas suas funções.

1911 Henry Ford Fordismo”. Linha de montagem, Máquina determinando o ritmo de trabalho e produção em série.
 
 Início do século XX (França) Jules Amar cria o primeiro laboratório de pesquisa sobre o trabalho profissional. FISIOLOGIA DO TRABALHO
 1914 Livro O Motor Humano.

Durante a I Guerra Mundial (1914 – 1917) Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições em  1915. Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial
 
Na II Guerra Mundial (1939 – 1945) Construção de instrumentos bélicos exigia muitas habilidades em condições tensas (Campo de Batalha) . Desenvolvimento abaixo do esperado.
 
1948  Projeto da Cápsula Espacial Norte-americana, nasce o conceito moderno de ERGONOMIA, em decorrência do desconforto pelo qual passaram os astronautas no primeiro protótipo da cápsula espacial. ANTROPOMETRIA.
 
12 de julho de 1949 Essa sucessão de fatos culminou na primeira reunião.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Trabalhadores deixam as três maiores obras do País paradas por seis meses

Disputas trabalhistas, às vezes violentas, em Belo Monte, Abreu e Lima e Comperj atrasaram empreendimentos, mas garantiram benefícios

O jogo mudou. Se no passado, com o nível de desemprego nas alturas, o trabalhador tinha de aceitar qualquer proposta, hoje em dia é ele quem dá as cartas nas negociações trabalhistas. Sem acordo, podem ficar semanas de braços cruzados até conseguir melhorar os benefícios. É o que tem ocorrido nos três maiores projetos em construção no Brasil: Hidrelétrica de Belo Monte, Refinaria Abreu e Lima e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Juntas, as obras somam quase meio ano de paralisação desde o início das atividades.
O campeão de greves é o Comperj. Entre novembro de 2011 e maio deste ano, os trabalhadores do empreendimento ficaram 82 dias parados - sendo 58 deles este ano, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). Na Abreu e Lima, também chamada de Rnest, foram 71 dias desde 2010; e em Belo Monte, cujas obras começaram no ano passado, 16 dias. A estratégia dos trabalhadores tem surtido efeito.
Além de reajustes salariais bem acima da inflação, eles conseguiram turbinar os benefícios concedidos pelas empresas. O valor da cesta básica, por exemplo, foi o item que mais cresceu nas três obras. Na refinaria, aumentou 940% em quatro anos, de R$ 25 para R$ 260. Mas, nesse item, quem paga melhor é o Comperj: R$ 300. Em Belo Monte, os valor subiu 110% em um ano e meio de atividades, para R$ 200.
"Num ambiente como o atual, em que há escassez de mão de obra, o trabalhador vive num céu de brigadeiro", afirma o professor da Universidade de São Paulo (USP), José Pastore, especialista em relações de trabalho. Segundo ele, a situação é mais favorável nas obras localizadas em áreas distantes e inóspitas. Nesses casos, o trabalhador fica isolado nos canteiros de obras, longe da família e sem acesso a serviços e entretenimento.
Pastore comenta que muitas empresas o têm procurado para ensinar os profissionais de Recursos Humanos a negociar. "Mas não adianta treinamento. Hoje em dia os trabalhadores conseguem tudo o que pedem. O quadro virou", afirma o professor. Nas três obras, os reajustes salariais da data base atual ficaram na casa de 11%.
Em Belo Monte, eles conseguiram reduzir de 180 dias para 90 dias o tempo para visitar a família; na Refinaria Abreu e Lima, de 120 para 90 dias. "Há uma mudança na formação dos trabalhadores da construção. Antes tinha baixo valor social. Hoje eles precisam ter maior qualificação profissional e absorver alta tecnologia", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav), Adalberto Galvão.
Ele explica que, além de maior cultura sindical, os trabalhadores de agora têm maior grau de escolaridade e estão conectados a informações de todo o País. Na prática, isso significa maior rotatividade. Se veem uma oportunidade melhor, com cesta de benefícios melhor, não hesitam e trocam de emprego, diz Galvão.
Pacote. "O governo lançou um pacote de obras importantes, mas não olhou para o desenvolvimento social do trabalhador. O teto de proteção social e os benefícios não estavam sendo concedidos na mesma velocidade que do lucro das empresas." Galvão explica que o trabalhador que tem mais consciência vai fazer grandes mobilizações exigindo que a riqueza seja distribuída.
O problema é que nem sempre as paralisações são pacíficas, a exemplo do que ocorreu em Belo Monte e no Comperj. Com milhares de trabalhadores em campo, as centrais sindicais não têm conseguido controlar os ânimos dos grupos, que acabam destruindo o que veem pela frente: ônibus, máquinas, equipamentos ou o próprio alojamento.
A situação ficou tão preocupante que, logo após os primeiros episódios de violência nos canteiros de obras das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, o governo federal decidiu criar o Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção - que envolve os trabalhadores e as empresas. A ideia é criar um pacto para evitar novos conflitos.
O presidente do Sinicon, Rodolpho Tourinho, conta que durante 11 meses foram discutidas uma série de medidas para melhorar o ambiente de trabalho e intermediar futuras paralisações. Foram definidos seis compromissos: contratação de mão de obra pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), eliminando os famosos gatos (aliciador de mão de obra); qualificação; saúde e segurança; ambiente seguro e saudável para o trabalhador; relações com a comunidade, com compensações sociais; e representação sindical no local. Os empreendedores precisam aderir ao compromisso.
"O objetivo é criar uma mesa permanente de discussão. Se há algum movimento de greve e não se chega a um acordo, um grupo de trabalho é acionado para apaziguar a situação", diz Tourinho. Mas as centrais sindicais reclamam que o acordo não está funcionando. "Vai haver muita confusão nas obras do PAC em 2013", diz Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. "Assinamos o convênio e mesmo assim os trabalhadores continuam sendo maltratados", argumenta o sindicalista. (Colaborou Marcelo Rehder)