O homem passa grande parte de sua vida no trabalho, portanto sua saúde é diretamente influenciada pelo ambiente laboral.
A relação entre empregado e empregador nasce de interesses distintos, o trabalhador busca melhores salários, melhor ambiente laboral, redução da jornada de trabalho, entre outros. Já a empresa busca aumento da produtividade, maiores lucros, redução de absenteísmo e despesas, acarretando divergências entre ambas as partes.
Porém, empregado e empregador estão entrando num consenso, a prevenção e a saúde do trabalhador. Se antes a palavra prevenção era sinônimo de gastos para o empresário e algo a mais a ser cumprido pelo colaborador, hoje em dia, significa uma ferramenta de gestão necessária, pois a sociedade adquiriu cultura suficiente para entender que o trabalho não pode ser mais importante que a saúde e que pessoas saudáveis produzem mais.
Um funcionário afastado de seu cargo é prejuízo diário à empresa: um novo funcionário terá que ser capacitado para a função; a empresa terá que assumir monetariamente parte dos dias em atestado médico, e terá sua carga tributária aumentada junto ao INSS. O prejuízo também atinge as esferas públicas, a previdência que vê seus benefícios chegando a números recordes de concessões.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2003 a 2008, o número de pessoas que adquiriram doenças do trabalho e foram a óbito aumentou em 70 mil. O relatório também trouxe dados alarmantes sobre acidentes de trabalho e doenças psicológicas e físicas decorrentes das atividades profissionais.
Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que a longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas.
As empresas estão investindo em segurança como um diferencial, empregados entendendo que sua vida e saúde não podem ser trocadas por dinheiro e os órgãos públicos concluindo que é mais barato prevenir do que remediar.
Dr. Marcelo Prado Mendes
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