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A equipe é formada por profissionais qualificados em prestação de serviços em saúde do trabalho. Através da multidisciplinaridade, solucionamos os problemas ergonômicos para atinjir um alto nível de desempenho do trabalhador, com segurança e saúde, cumprindo a legislação vigente e assegurando o crescimento sadio das organizações.

Baseado neste conceito a ERGONCARE atua, não apenas como assessoria aos seus clientes, mas como parceira no desenvolvimento contínuo de melhorias empresariais em postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas.



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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Gestão inclusiva

 



O governo vem intensificando a fiscalização nas empresas para verificar se elas estão cumprindo a Lei de Cotas para Deficientes, que entrou em vigor em 1991 – a legislação obriga companhias com mais de 100 funcionários a preencher 3% de seus cargos com portadores de necessidades especiais. De fato, houve um aumento significativo desse grupo no mercado de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, entre 2007 e 2009 houve 960 mil contratações formais de pessoas com deficiência.
Porém, de acordo com a pesquisa realizada pela consultoria i.Social ainda são poucas as empresas que oferecem boas oportunidades de trabalho para os portadores de deficiência. Esses funcionários, em geral, vão trabalhar no nível operacional mesmo quando têm currículo para ocupar outra posição. Sete em cada dez, dos 1500 profissionais entrevistados, ocupava cargos operacionais. No entanto, algumas empresas têm investido na qualificação dos deficientes e vêm obtendo bons resultados, medidos pelo número de profissionais que são promovidos para postos de liderança.
Como exemplo podemos citar o Bradesco, de 2 100 pessoas com deficiência empregadas no banco, 600 ocupam cargos de liderança. “Trabalhamos a inclusão em todos os aspectos. Com a Fundação Bradesco, buscamos os profissionais com deficiência no mercado e trabalhamos a capacitação deles de forma que se sintam incluídos. Também sensibilizamos toda a empresa e oferecemos acessibilidade”, diz José Luiz Bueno, diretor de RH do Bradesco.  O banco criou um curso para formação de técnicos em administração específico para pessoas com deficiência. “Em paralelo, realizamos um trabalho com toda a companhia para receber e incentivar esses profissionais. Muitos são promovidos, têm desempenho excelente e são reconhecidos por seus pares e colegas de trabalho”, diz José Luiz.
No Itaú Unibanco, dos 4 100 funcionários com necessidades especiais, 100 têm cargo de líder. O programa existe desde 1981 e vai além da conveniência de contratar para cumprir cota. A empresa dispõe de um total de 1 000 bolsas de graduação para os funcionários com deficiência. Todos eles são elegíveis para concorrer a bolsas de pós-graduação. “Entendemos que não basta contratar. É preciso capacitar e incentivar e dar acesso aos deficientes às oportunidades de crescimento na carreira”, diz Marcele Correia, superintendente de diversidade e integração do Itaú Unibanco.
Além do programa de incentivo à carreira, foram criadas condições para integrar o deficiente ao ambiente de trabalho. “Eles podem trazer seus cães-guias, porque preparamos um local para acomodar os animais”, diz Marcele. A fabricante de aviões, Embraer, é outro exemplo de empresa que vem obtendo bons resultados ao investir no desenvolvimento dos funcionários com necessidade especial. De seus 944 executivos, 50 são deficientes e ocupam altos cargos.
“Um deficiente que chega a assumir um cargo de liderança é uma pessoa muito bem preparada, pois tem de ralar muito para vencer as barreiras até chegar ao mercado de trabalho”, diz Jaques Haber, sócio diretor da consultoria i.Social. O administrador de empresas paulistano Diogo Bacan, de 29 anos, é um exemplo. Surdo desde pequeno, ele era considerado uma criança preguiçosa por ter demorado a falar. Na escola, Diogo tinha de estudar mais do que os colegas para não ser taxado de criança problema. Após concluir o curso universitário, ele começou a trabalhar como atendente de banco em 2005. Hoje, é gerente de uma agência do Itaú Unibanco na zona leste da capital paulista. “Nunca deixei a surdez ser limitadora”, diz. Diogo usa sua experiência de vida para motivar os colegas de trabalho quando estão diante de metas mais complicadas. “Meu lema é não desanimar nunca”, completa.

Com informações da revista Você S/A

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