Olá caros leitores
O assunto de hoje é de extremo interesse à empresários que receberam uma notificação para elaboração do Laudo Ergonômico da NR 17 e não sabem como proceder, quanto aos profissionais que atuam nesta área e não sabem muito bem como agir diante de tal situação.
O primeiro ponto é esclarecer o que é o Laudo Ergonômico. Aqui mesmo no site você encontra maiores informações sobre o que é um Laudo Ergonômico, mas de maneira rápida, o Laudo Ergonômico não existe (na teoria) na legislação.
A norma regulamentadora número 17 (NR 17) que norteia a fiscalização na área de ergonomia não faz menção ao Laudo e sim a Análise Ergonômica do Trabalho. Toda empresa tem exigência legal de cumprir com a norma, assim como as demais NRs, como as ações em medicina e segurança do trabalho (PCMSO, PPRA, etc). Na prática o que se solicita é o Laudo, então vamos as considerações.
O primeiro passo é identificar o motivo que gerou a solicitação: análise da empresa como um todo, de maneira a atender a NR 17 ou análise de um posto de trabalho espeífico.
Quando uma ação fiscalizatória chega à empresa e solicita a análise ergonômica tem como objetivo verificar se empresa cumpre com sua função na prevenção aos agravos à saúde dos trabalhadores ocasionados por problemas ergonômicos. Se nesta visita, o fiscal observar que algum posto de trabalho tem potencial lesivo e os demais postos de trabalho não, ele pode solicitar o laudo para aquele posto e maneira imediata.
O que pode acontecer também é que após visita do fiscal, seja solicitado a análise ergonômica simplesmente, e nesta caso, a empresa como um todo deve passar pelo processo de análise.
Muitos profissionais equivocam-se nestas demandas e por isso tem seus trabalhos rejeitados pelos órgãos fiscalizadores. É de suma importância identificar a demanda do trabalho, escolher corretamente os procedimentos de análise e aplicá-los de maneira objetiva no entendimento das situações de trabalho e propor soluções neutralizadoras e/ou minimizadores das situações de riscos ergonômicos.
Essa proposta de soluções também deve ser bem estruturada, pois o que se exige são ações planejadas, programadas. Se um laudo não contém um plano de ação bem definido corre sérios riscos de ser rejeitado, gerando custos elevados as empresas e aos profissionais.
O trabalho em ergonomia parece muito simples, fazendo com que muitos profissionais vislumbrem a possibilidade de trabalho fácil e rápido. Se cabem algumas dicas, sugerimos que os profissionais “ergonomistas” e os empresários sigam alguns passos:
- Entenda a demanda de solicitação - o motivo gerador da notificação;
- Sempre trabalhe com projetos de sua alçada – trabalhos mal formulados geram custos elevados à empresas e profissionais;
- Apresente de forma clara metodologias, ferramentas de análise e os riscos presentes em cada situação de trabalho;
- Tenha um plano de ação – propostas de melhoria sem planejamento geralmente não são aceitas perante os órgãos fiscalizatórios;
- Bom senso é fundamental – um bom plano de análise em ergonomia deve resolver ou minimizar os problemas identificados e não precisam necessariamente de projetos mirabolantes. A maioria das soluções ergonômicas custa bem menos do que você imagina, sendo que as melhores propostas são construídas em conjunto com os trabalhadores.
--Escrito por: Thiago Pegatin -- Fisioterapeuta, Mestrando em Engenharia de Produção, Especialista em Gestão Industrial, Especialista em Fisioterapia do Trabalho, Diretor da Top Ergonomia, Professor de Ergonomia e Doenças Ocupacionais
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